No final do ano passado, quando fiz minha primeira visita à Brumadinho, em entrevista com a Nathália Farina, proprietária do Hostel 70, ouvi a argumentação de que a cidade deveria ser considerada uma cidade experimental. Afinal, por quê? Segundo ela, devido à amplitude de possibilidades para o viajante experienciar Brumadinho para além de Inhotim e a lista é grande: comunidades quilombolas que conduzem o turismo de experiência na região, cachoeiras, pub crawl, prática de yoga no pôr do sol, oficina de pão de queijo e por aí vai.
Como é ser a fundadora do primeiro hostel de Brumadinho?
Na época, não pude vivenciar Brumadinho além do Inhotim por conta do tempo apertado, mas pude viver uma experiência incrível no final de semana passado. Não tinha a mínima ideia que estaria tão cedo novamente na querida Minas Gerais e para a minha surpresa, fui convidada pela Nath a integrar uma equipe com outros produtores de conteúdo e assim, conhecer a cidade para além do tão falado Instituto Inhotim.
Organizo aqui para vocês um guia do melhor que a cidade tem a oferecer!
Restaurante “Ponto Gê”
Piadinhas à parte, o restaurante pertence à família da Genilda, que dá nome ao lugar e que conduz o fogão à lenha. Que a comida mineira tem aquela fama de deliciosa e farta, não é novidade, mas a peculiaridade deste lugar são as criações da dona Gê. Dentre elas, destaco: farofa de ovos e cebola, macarrão de mamão verde (SIM!), arroz cozido no leite de coco, tomate confitado, repolho roxo com tâmara, tutu de feijão vegetariano, banana ao molho de tomate, pimenta biquinho e morango, sopa de pêra com umbu e chips de inhame.
O lugar é daqueles que agrada a todos, sabe? Existem ótimas opções para onívoros, vegetarianos e veganos. Time veggie pode ficar tranquilo, que a comida é boa mesmo e não rola uma improvisação dos pratos. A maior parte dos pratos são vegetarianos! No dia que fui, apenas três tinham carne.
A casa funciona com um sistema de buffet a 40 reais por pessoa, com bebida paga à parte.
Não deixe de experimentar o drink feito com a cachaça local e ervas! Refrescante, na medida.
Endereço: R. Itaguá, 350, Brumadinho – MG, 35460-000
Horário de Funcionamento
Terça-feira a sábado
19h30 às 23h.
Telefone: (31) 99953-6198
Reserva pelo The Fork
Instituto Inhotim
O ímã que traz tanta gente ao interior de Minas Gerais, é o Instituto Inhotim. Conhecido como o maior museu à céu aberto da América Latina, o instituto conta com obras de arte contemporânea e um jardim botânico com uma flora raríssima. Por ali, você poderá ainda ver entre os meses de dezembro e março, lindíssimas borboletas de variadas cores e animais como saguis e esquilos (sim!).
Como já trabalhei na área de arte e educação, já tinha lido um tanto sobre arte contemporânea e uma parte considerável dos artistas em exposição no instituto. A minha primeira visita foi tranquila, pois eu conseguia me apoiar nos meus conhecimentos prévios e os textos deixados pela expografia ao lado de cada obra. Logo mais, publicarei um post específico sobre o Inhotim, com todas as dicas para ter uma visita incrível e as obras mais queridinhas.
A diferença desta visita que fiz em fevereiro foi a presença do Guia Junio César. Criado na região, ele viu o antigo bairro Inhotim torna-se o instituto numa extensão de 140 Maracanãs. Ele mesmo teve sua casa comprada por Bernardo Paz, criador do instituto, do qual ele fala com muito carinho. Uma visita com Junio César é estabelecer relações entre espaço, tempo, obra e perceber que a vida e viagens são feitas de uma boa prosa. Com ele, você vai ouvir histórias de como algumas obras foram feitas no próprio parque, como foi a construção do instituto e como é o cotidiano de trabalho por ali. Tendo trabalhado como garçom, atendente, monitor de obra e jardineiro, ele tem uma visa rica e ampla daquele lugar!
Horário de Funcionamento
Terça a sexta-feira: 9h30 às 16h30
Sábado, domingo e feriado: 9h30 às 17h30
Valores
Terça, quinta, sexta, sábado, domingo e feriado: R$ 44,00 (inteira)
Quarta-feira (exceto feriado): entrada gratuita
Entrada gratuita todos os dias aos Amigos do Inhotim e crianças de até 5 anos.
Meia-entrada: Crianças de 6 a 12 anos; idosos acima de 60 anos; pessoa com deficiência e um acompanhante; estudantes identificados; professores das redes formais pública e privada de ensino identificados; funcionários da Cemig, mediante apresentação de crachá da empresa; funcionários da Vale, mediante apresentação de crachá, e mais 3 dependentes, mediante apresentação do RG e da carteira da AMS (plano de saúde); assinantes do jornal Estado de Minas; ID Jovem e moradores de Brumadinho participantes do programa Nosso Inhotim.
Comunidade Quilombola Marinhos
Esta comunidade é uma das quatro reconhecidas como remanescentes de quilombos na região, junto a Sapé, Ribeirão e Rodrigues pela Fundação Cultural Palmares, entidade vinculada ao Ministério da Cultura. Com o reconhecimento, as comunidades têm aceso ao apoio e garantia dos direitos dos quilombolas, reunidos no programa federal Brasil Quilombola, criado em 2004. Situado no distrito de São José do Paraopeba, reúne cerca de 85 famílias.
Com o De Rolé por Brumadinho, pude partilhar da vivência que eles chamam de Café, Batuque e Prosa em que passamos o dia com uma atividade organizada pelo Batuque Natividade, que promove ações de fomento a expressões artísticas e socioculturais. Esta organização tem como liderança o ReiBatuque, filho do seu Cambão e da dona Leide, promove junto à Jana Janeiro uma série de atividades como Pé de Lê – colheita de livros, Batuque de Roda e cinema ao ar livre. Paralelamente, existem dois projetos importantíssimos, o Ateliê Pele Preta em que através do afroempreendedorismo busca o empoderamento da comunidade local e o grupo de roça “Quem planta e cria, tem alegria”, conduzido pelo seu Cambão, de promoção de uma agricultura familiar, que é levada como sustento da comunidade.
Para saber mais sobre visitas a Marinhos, fale com De Rolé por Brumadinho.
Pub Crawl
O queridinho dos viajantes também tem uma edição na cidade, às quartas-feiras e sábados. Pelo módico valor de 20 reais, você passa pelos três bares mais conhecidos da cidade: Komboza, Dom Quixote e Hashtag e ganha em cada um, uma caipirinha ou uma cerveja.
Se você curte uma vibe mais roqueira, com boa música e mesa de sinuca para jogar à vontade, a boa pedida é o Dom Quixote Bar. Por sua vez, o Hashtag é uma delícia para curtir a vibe interiorana com mesas na praça e um pastel de angu de tomate seco INCRÍVEL!
Cachoeira dos Carrapatos
Localizada no distrito de Piedade do Paraopeba, a Cachoeira tem uma trilha de nível fácil em que você levará menos de cinco minutos. O que pode dar aquele toque de aventura é se a chuva tiver vindo no dia anterior, o que deixará um pouco enlamaçado.
De rolé por Brumadinho organizou a nossa ida para lá e aproveitou para fazer um churrasco na beira da cachoeira e claro, não esqueceram de mim, que sou vegetariana há 13 anos!
Participantes da Press Trip “Brumadinho, além de Inhotim”: Mariana Viaja, Kari Desbrava, Mulheres Viajantes, Na estrada com as Minas, Sou+Carioca, Roda nos Pés, Foco no Mundo, Canal Errei, Eu sou à toa, Ideias na Mala, Diário de Turista, Hypeness, Revista de bordo Azul Magazine
Realização: De Rolé por Brumadinho. Apoio: Hostel 70, Hostel Moreira, Bar Hashtag, Komboza Bar, Dom Quixote Snooker Pub, Pub Crawl Brumadinho, Junior Cesar Guia, Casa da Horta, Restaurante Ponto Gê Inhotim, Batuque Natividade, Brumavip Turismo e Prefeitura de Brumadinho.
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