Chegou o mês! Após dois anos, tirei minhas férias. 15 dias para fazer o que eu quisesse. E eu fiz.
Escolhi viajar para um lugar onde via fotos e suspirava. Imaginava que todo o processo de planejamento e estadia seria tão complicado que eu acabava sempre empurrando para um futuro próximo.
Inicialmente, havia combinado de ir com uma amiga, mas as datas não bateram e decidi não adiar mais. Fui sozinha.
Minha primeira viagem ao nordeste do país, Recife, Pernambuco.
Meu primeiro passo foi pesquisar preços e datas das passagens e os possíveis lugares a se conhecer por lá. É muito importante essa parte, porque é assim que a vontade, coragem e ansiedade de ir aumentam. Você já começa a amar tudo desde aí. Perguntei num grupo de mulheres viajantes os pontos de interesse da cidade e fui montando um mapa. Museus, praias, transporte público, restaurantes (sou vegana! Essa parte é bem importante também) e tudo que eu poderia preencher meu tempo. Por ir sozinha, imaginei que se todas as lacunas estivessem preenchidas, seria mais fácil me virar por lá.
Fiquei uma semana num hostel em Pina, Boa Viagem. Tudo muito próximo, mercado, farmácia, praia de Boa Viagem.
Mesmo novata no assunto, já me apaixonei por viajar sozinha. Você fica de coração aberto, receptiva, relaxada e curiosa. Encontrei outras mulheres viajando sozinhas também e percebi as mesmas sensações. Conhecer pessoas que querem conhecer pessoas e histórias deixa a experiência muito mais interessante.
Mesmo com tudo planejado, fui duas vezes a Olinda. Passei uma noite jogando baralho no hostel, jantamos miojo algumas vezes. Vivíamos sem o peso do tempo e de compromissos. Tudo fica natural e muito mais saboroso de ser vivido.
Por ser mulher e viver em São Paulo, o alerta fica ligado desde que colocamos o pé na rua. Nos outros lugares, isso não muda. Vale a pena sair da zona de conforto. Vale a pena sentir medo e imaginar mil coisas e chegando lá, tudo é tão mais fácil do que parece. Conhecer pessoas, ter novas experiências, outros olhares, outros lugares, outros costumes, comida, clima, sotaques. Eu me apaixonei por Recife e com certeza voltarei.
Que a viagem seja um hábito!
Elen