A minha passagem pelo povoado foi quase tão meteórica quanto a passagem por Cádiz, mas aqui pude desfrutar de dois dias. O povoado me apareceu nas buscas que fiz por hospedagem no Couchsurfing para Granada. Uma das únicas pessoas que me responderam, teve um imprevisto com a visita da mãe e eu interessada por Quentar, me joguei para conhecê-la.
Lendo a descrição de perfil, entendi que o espaço gerido por um alemão radicado na Espanha fosse uma comunidade alternativa e autosuficiente. Na verdade, o espaço é um hostel à beira da montanha e agregados a ele estão a casa do meu anfitrião e uma casa de hóspedes. Ele me contou que antes de existir o Airbnb, já costumava receber viajantes para pousarem lá. Na época, a minha companheira de quarto era uma europeia que estava trabalhando lá em troca de hospedagem e comida. Ela ainda estava aprendendo espanhol.
Para chegar lá, é necessário pegar um ônibus de linha que sai de Granada a Quentar com intervalos de cerca de meia hora ao longo do dia. O trajeto é curto e tranquilo, pois em cerca de meia hora se chega ao povoado. Apesar das indicações, foi no boca a boca que encontrei o hostel com uma das vistas mais incríveis que já vi.
A passagem foi rápida, apenas uma noite. Aproveitei para fazer a minha primeira sessão de hipnose da vida, andei a esmo tentando chegar num lago que dizem ser incrível e troquei ideia com um hóspede estadunidense que também estava pelo Couchsurfing e com uma galera inglesa que estava hospedada no hostel heart and tuning.
Por esses dias, recebi uma mensagem no Couchsurfing que me fez a saudade bater. Foi lançado um livro sobre o espaço. Está disponível na Smashwords
A minha próxima parada foi Barcelona novamente. Para tanto, voltei de circular e peguei um trem na estação de Granada.