Por Janaína Steiger
Há 10 dias e após um intercâmbio de 6 meses, eu dava início à minha última viagem, para a qual resolvi convidar alguém muito caro a mim. Sempre nos demos muito bem, mas havia algo de intimidade que nos escapava. Tratava-se de uma viagem que eu sempre quis fazer e ela era única pessoa com disponibilidade para me acompanhar. Admito que tinha um pé atrás, afinal nunca havíamos ficado tanto tempo a sós, mas ela aceitou o convite e eu resolvi aceitar a experiência. Afinal, não podia ser tão ruim assim. E não foi.
Salvo um estranhamento inicial, acabamos nos entendendo melhor do que nunca. Pelo caminho encontramos muitas pessoas incríveis e elas fizeram com que passássemos mais momentos acompanhadas do que imaginamos. Apesar disso, descobrimos, também, a delicia e liberdade daqueles momentos que eram nossos, só nossos, fazendo o que e quando quiséssemos. Uma bastando a outra, simples assim. Compartilhamos sentimentos que nunca haviam sido ditos claramente e fomos, pouco a pouco, construindo uma sintonia linda de se ver. Além disso, certas coisas foram desmistificadas e alguns mal-entendidos desfeitos – daqueles normais entre qualquer relação, sabe? – e hoje posso dizer que conheço ela melhor do que nunca e ninguém.
Finalizada essa, espero ainda fazer muitas viagens com ela, mas se tem uma coisa que também aprendi nesse período, é de que não precisamos ir muito longe pra curtir momentos felizes como os que passamos. A gente sabe que eles serão muito mais frequentes daqui pra frente. Há 10 dias – ou seriam 6 meses? – me convidei pra viajar. Aceitei e fomos. E essa viagem fez muito bem pra nossa relação.