Eu era uma daquelas pessoas que nunca tinha ido no cinema sozinha, e que preferia ficar sem comer do que almoçar ou jantar sozinha.
Em 2011, ao terminar a faculdade e sem nunca ter feito uma viagem internacional, resolvi me mudar para Londres. Inicialmente, o plano era estudar inglês, mas desde o início a minha intenção era de ficar por lá (o máximo possível).
O mais engraçado para mim é que enquanto planejava a viagem eu não lembro de em nenhum momento ter percebido que estava prestes a ir para um lugar desconhecido (com intenção de morar!) sozinha. Foi tudo muito natural, e os medos eram relacionados à mudança e não ao estar sozinha. O entusiasmo ainda era maior que qualquer medo.
Já no avião (antes de sequer pousar em Londres) eu já tinha feito amizades (que permanecem até hoje!)
Depois de 5 anos morando na Europa, no fim de 2016 decidi que era hora de mudar de novo. Resolvi que iria sair do meu emprego para viajar. Dessa vez o “sozinha” me pegou. Afinal, dessa vez eu iria estar “pelo mundo” me “enfiando” em países com culturas diferentes (muitas que não favorecem mulheres) e essa ideia me assustou. Dessa vez, teve choro e crises, mas a força e a vontade de viajar prevaleceu.
Sobre viajar sozinha e não estar só
Enquanto me organizava para começar a viajar, percebi – pela primeira vez na vida – que apesar de ter viajado bastante, só tinha UMA viagem sozinha no currículo (e ainda nunca tinha visitado o cinema sozinha!). Resolvi que era hora de mudar isso, e organizei uma viagem para Slovenia sozinha. A parte mais legal é que não faltou pessoas se candidatando para ir comigo, mas eu ESCOLHI ir sozinha.
Essa viagem me mudou completamente. Foi uma das melhores viagens da minha vida. Eu percebi que a ideia de que fazer coisas sozinhas é assustador, é uma grande mentira. Eu adorei fazer tudo sozinha, no meu ritmo, priorizando a mim mesma. Foi tudo tão natural, que hoje eu não consigo nem mais entender porque a solidão assusta tanto, principalmente quando escolhida.
De lá para cá, foram mais de 10 países (espalhados por 3 continentes) visitados sozinha. E, nessa jornada conheci muitas viajantes solos, mas nunca encontrei uma sequer que se arrependesse ou não gostasse da jornada solo.
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Tanto é que ela escrever um livro para falar de suas experiências como mulher viajante solo, o Mais você vai sozinha? Em crônicas, ela deixa de lado os clichês e mitos sobre ser uma mulher viajante e esclarece, a partir do seu lugar de fala, sobre esse universo. A viajante e escritora Gaía Passarelli com o livro “Mas você vai sozinha?